O FeedBurner está com os dias contados?
O Google parece estar pouco se importando com um serviço que adquiriu por nada menos que U$ 100 milhões em 2007. Apesar de não ter estrelado nos últimos lotes de serviços que foram desativados, parece que ainda assim está se decompondo aos poucos.
O FeedBurner é usado por blogs e sites para entregar os artigos publicados aos assinantes do feed RSS via leitores e email, sendo utilizado inclusive aqui no AmigoGeek. A principal função do site – fornecer estatísticas – atualmente não funciona e a API que se tornou obsoleta em maio vai parar de funcionar de uma vez por todas no próximo dia 20.
Em julho, o blog e o perfil do serviço no Twitter também bateram as botas. Uma vez incluído um feed RSS no FeedBurner, o Google fazia uma cópia em cache dele e entregava rapidamente as novidades aos assinantes. Quem acessasse o endereço fornecido, em vez de ver um monte de código XML, veria uma página HTML com os últimos artigos e links para leitores online.
Ainda que o RSS possa vir a sair de moda cada vez mais dando lugar a serviços como Twitter e Flipboard, há muitos serviços e sites que ainda dependem dele. Quem faz podcasts costuma entregar os novos episódios por esse meio e o próprio Flipboard utiliza os feeds para pegar as novidades publicadas em alguns sites ou blogs.
Apesar da lenta decomposição de um serviço moribundo, ele não estará morto de fato até que o Google o diga. Apesar disso, quem produz conteúdo ou desenvolve aplicações não vai confiar mais num serviço negligenciado. Lembrando que apesar da morte da API, isso não significa que os assinantes do seu feed irão parar de receber suas atualizações a partir do dia vinte caso você não troque de serviço.
A API permitia apenas a obtenção de estatísticas para exibição pública (ou não), como o número de assinantes que é comum encontrar em blogs e sites por aí. A entrega de novidades deve continuar até que o Google se canse da brincadeira. O pior que deve acontecer antes do final do mês é que alguns plugins e scripts parem de funcionar. Ainda há muita confusão a respeito disso e nenhuma luz por parte do Google. Há quem esteja movendo seus feeds para outros serviços com medo de interrupção na entrega.
Se você quer pular fora desse barco que parece estar naufragando, há alguns serviços similares que pipocaram com o passar dos anos. Quem deseja monetizar o feed encontrará no MediaFed uma maneira de inserir anúncios no RSS. O Feedblitz (pago), o RapidFeeds (gratuito) e o FeedCat (gratuito) fazem um serviço de entrega de novidades bastante similar ao oferecido pelo Google e finalmente o MailChimp permite criar uma newsletter por email.
Escolha sua alternativa acima ou use o sistema padrão do seu gerenciador de conteúdo, mas esteja preparado para tudo.